ABCD, Self Portrait, 1921
"O pensamento se faz na boca. O Dadaísmo se faz na desordem."
Em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial, o romeno Tristan Tzara espanta o mundo com mais uma vanguarda: o Dadaísmo ou Dadá, a mais radical e a menos compreensível de todas as vanguardas.
O Dadá vem para abolir de vez a lógica, a organização, o olhar racional, dando à arte um caráter de espontaneidade total. A falta de sentido já é anunciada no nome escolhido para a vanguarda. Dizia Tzara que dada, palavra que encontrou casualmente num dicionário, pode significar: rabo de vaca santa, mãe; certamente; ama-de-leite. Mas acabou afirmando, no movimento dadaísta: DADÁ NÃO SIGNIFICA NADA.
O principal problema de todas as manifestações artísticas está, segundo os dadaístas, em almejar algo impossível: explicar o ser humano. Em mais uma afirmação retumbante, Tzara decreta: “A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta.”
Depois da guerra, o movimento conheceu uma grande expansão, nomeadamente em Paris e na Alemanha. Neste último país, que atravessava uma pesada crise social, as manifestações dadaístas adoptaram um cunho mais político, sendo frequentemente alvo de várias acções de repressão policial. Os dois núcleos principais do movimento neste país estavam sediados nas cidades de Berlim e de Colónia. O grupo de Berlim foi criado em 1917 por Hulsenbeck e integrava George Grosz (caricaturista da burguesia e do militarismo alemães) e o pintor e escritor Kurt Schwitters (famoso pelas suas colagens de papel desperdiçado). No grupo de Colónia destaca-se o trabalho dos pintores Max Ernst e de Hans Arp.
Tal como muitos dos movimentos de vanguarda surgidos na primeira metade do século XX, o dadaísmo criou, em 1917, uma revista de divulgação, cuja direcção ficou a cargo do poeta Tristan Tzara. Em 1918 foi incluído, no segundo e último número da revista, O Manifesto Dadaísta.
Em 1922 foi inaugurado um salão Dada na galeria Montaigne em Paris, o que constituiu uma das suas últimas manifestações colectivas devido às controvérsias geradas relativamente ao protagonismo que a vertente literária do grupo vinha assumindo.
Devido ao seu gosto pelo non sense e pelo irracional, o dadísmo teve um papel fundamental no desenvolvimento do Surrealismo na década de 20. Foi igualmente precursor de muitos movimentos artísticos formados na segunda metade do século, como a Arte Pop, a Arte Cinética e o Fluxus, e de expressões como o happening e a performance.
O Movimento Dadaísta está bastante presente na música atual, como exemplo, Doom Dada:
Sites da Pesquisa:
http://lounge.obviousmag.org/dadaista/2012/05/dadaismo-arte-e-desordem.html
https://daliteratura.wordpress.com/2012/04/29/dadaismo-o-mais-radical-dos-movimentos-de-vanguarda/
http://aartedaperformance.weebly.com/dadaiacutesmo.html
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